Wednesday, April 12, 2006

Pessach



A história de Pêssach inicia nos dias do patriarca Avraham (Abraão). Quando D'us prometeu um herdeiro a Avraham, cujas sementes seriam tão numerosas como as estrelas, D'us também informou-o do longo período de escravidão que seus descendentes sofreriam por 400 anos, até que fossem libertados.
O primeiro dos descendentes de Avraham a chegar ao Egito foi seu bisneto Yossef (José), cuja miraculosa ascensão de escravo à quase realeza é uma das mais inspiradoras narrativas da Torá. Na dramática história de Yossef e seus irmãos, podemos ver claramente a mão condutora da Divina Providência que levou Yaacov (Jacó) e sua família ao Egito.
A chegada de Yaacov e sua família no Egito foi uma marcha triunfal. Assim foi também a partida, 210 anos depois, de seus filhos, os filhos de Israel, do Egito. Esta era a diferença: a pequena família de setenta pessoas havia se tornado uma nação grandiosa e unificada de três milhões de almas, das quais, 600.000 homens adultos.
A história de Pêssach, termina no seu ponto alto em Shavuot, (festa da Outorga da Torá no Monte Sinai), é a história do nascimento de um "reino de sacerdotes e nação sagrada": O povo judeu.

Yossef e seus irmãos faleceram, e os filhos de Israel se multiplicaram na terra do Egito. Logo após o faraó também morreu, e um novo rei ascendeu ao trono. Ele não nutria simpatia alguma pelos judeus, e preferiu esquecer tudo o que Yossef havia feito pelo Egito.
Reuniu o conselho, e decidiu escravizar o povo e a oprimi-lo antes que se tornasse muito poderoso. O faraó lançou uma política que limitava a liberdade pessoal dos hebreus, impondo pesados impostos sobre eles, e recrutando os homens para trabalhos forçados, sob a supervisão de severos capatazes. Um dos atos mais atrozes foi a tortura das crianças judias. O faraó mandava embuti-las vivas entre as paredes das construções e tomava banho com seu sangue. Porém, quanto mais os Egípcios os oprimiam, quanto mais duras as restrições impostas sobre eles, mais os filhos de Israel cresciam e se multiplicavam.
Finalmente, quando o faraó percebeu que apenas escravizar os hebreus de nada adiantaria, decretou que todos seus bebês recém-nascidos do sexo masculino fossem jogados no rio Nilo. Apenas filhas tinham permissão para viver. Desta maneira, ele esperava acabar com o aumento da população judaica, e ao mesmo tempo, eliminar um perigo que, de acordo com as previsões dos astrólogos, ameaçava sua própria vida.

Os filhos de Israel não podiam mais suportar o terrível sofrimento e a perseguição nas mãos de seus cruéis opressores. Seu sofrimento e suas preces penetraram os céus. D'us lembrou-Se de Seu acordo com Avraham, Yitschac e Yaacov, e decidiu libertar seus descendentes do cativeiro.
Moshê tinha a idade de oitenta anos, e seu irmão Aharon oitenta e três, quando entraram no palácio do faraó. Este perguntou aos dois irmãos o que desejavam. A mensagem soou como uma ordem: "Assim disse o Senhor D'us de Israel: 'Deixe Meu povo ir, que eles Me oferecerão uma festa no deserto.'"
O faraó recusou desdenhosamente, dizendo que nunca tinha ouvido falar do D'us dos Israelitas, e que Seu nome não estava registrado na sua lista de deuses de todas as nações. Acusou ainda Moshê e Aharon de uma conspiração contra o governo, e de interferirem com o trabalho dos escravos hebreus. A um sinal de Moshê, Aharon então realizou os sinais milagrosos que D'us lhe tinha permitido realizar, mas o faraó não se impressionou muito, pois seus mágicos podiam fazer quase o mesmo.
No mesmo dia o faraó ordenou que seus capatazes aumentassem a opressão sobre os filhos de Israel, e sofreram ainda mais que antes. Em seu desespero, os filhos de Israel reprovaram Moshê amargamente, por piorar ainda mais a sua situação.
Profundamente ferido e desapontado, Moshê rezou a D'us que o consolou e assegurou-lhe que sua missão teria sucesso, mas não antes que o faraó e todos do Egito fossem assolados por terríveis pragas, para que fossem punidos. Todos então veriam e reconheceriam D'us fiel e verdadeiro.

Quando o faraó continuou recusando-se a libertar os filhos de Israel, Moshê e Aharon avisaram-no de que D'us puniria tanto a ele como ao povo egípcio. Primeiro, as águas do Egito se transformariam em sangue. Moshê caminhou com Aharon até o rio. Lá chegando, Aharon levantou seu cajado, golpeou as águas e transformou-as em torrentes de sangue. Foi impossível para eles beberem da água do Nilo. Infelizmente para os egípcios, não apenas as águas do Nilo mas todas as águas do Egito transformaram-se em sangue. Os peixes morreram nos rios e lagos, e por uma semana inteira homens e animais sofreram horrível sede. Nem assim o faraó cedeu.
Após o devido aviso, a segunda praga chegou. Aharon estendeu a mão sobre as águas do Egito, que ficaram apinhadas de sapos. Cobriram cada pedaço do solo, entrando nas casas e nos quartos! Para onde quer que um egípcio se voltasse, qualquer coisa que tocasse, lá se deparava com escorregadios corpos de sapos, cujo coaxar enchia os ares. Desta vez o Faraó amedrontou-se, e pediu a Moshê e Aharon que rezassem a D'us para que o incômodo fosse removido, prometendo libertar imediatamente o povo judeu. Porém, assim que os sapos desapareceram, quebrou a promessa e recusou-se a deixar os filhos de Israel irem embora.
Então D'us ordenou a Aharon que golpeasse o pó da terra com seu cajado, e assim que ele o fez, piolhos vindos do solo rastejaram até cobrirem todo o chão. Homens e animais tiveram indizível sofrimento com esta praga terrível, mas o faraó endureceu o coração e permaneceu incansável na sua determinação de manter os filhos de Israel no cativeiro.
A quarta praga a atormentar os egípcios consistiu de bandos de animais selvagens perambulando por todo o país, destruindo tudo que havia em seu caminho. Novamente o faraó prometeu deixar os judeus irem para o deserto, com a condição que não fossem muito longe. Moshê rezou a D'us, e os animais selvagens desapareceram. Mas, assim que eles sumiram, o faraó retirou sua promessa e recusou-se a atender ao pedido. Então D'us mandou uma peste fatal que matou a maioria dos animais domésticos dos egípcios. todos os rebanhos dos campos foram golpeados e até os animais que eles adoravam como deuses derrotados pela praga! Tinham, além disso, a humilhação de ver os animais dos israelitas totalmente imunes. Apesar disso, o faraó ainda não se comovera, e não quis deixá-los livres.
Seguiu-se a sexta praga, que foi tão dolorosa e abominável que atingiu o povo do Egito com horror e agonia. D'us ordenou a Moshê que pegasse cinza da fornalha, e a jogasse em direção ao céu: então bolhas estouraram na pele dos homens e animais do Egito.
Moshê anunciou ao rei que uma tempestade de granizo com violência nunca vista assolaria a terra; nenhum ser vivo, nenhuma árvore ou arbusto escaparia incólume à tamanha fúria; o único lugar para se proteger seria dentro das casas; aqueles, portanto, que acreditassem e estivessem temerosos deveriam ficar sob a proteção de seus tetos, e abrigar o gado nos estábulos. Ao estender seu cajado para a frente, o granizo caiu com violência; e choveu fogo sobre o chão destruindo tudo. Então o faraó mandou chamar Moshê e reconheceu que tinha pecado. "O Senhor é justo," disse ele, "Suplique ao Senhor, pois isso já é demais, para que não haja mais granizo; e eu o deixarei sair." Moshê replicou: "Quando eu sair da cidade, elevarei minhas mãos ao Senhor; o trovão cessará, e não haverá mais granizo, e você saberá que D'us é o Senhor da terra." Assim ocorreu, mas logo após, o faraó permaneceu irredutível.
Da próxima vez que Moshê e Aharon foram ao faraó, este pareceu ter abrandado de certa forma, e perguntou-lhes quem iria participar no culto que os israelitas fariam no deserto. Quando lhe disseram que todos sem exceção, jovens e idosos, homens, mulheres e animais iriam, o faraó sugeriu que apenas os homens deveriam ir, e que as mulheres e crianças, bem como seus pertences, deveriam ficar no Egito. Moshê e Aharon não podiam aceitar esta oferta, e o faraó enfureceu-se, ordenando-lhes que deixassem o palácio. Antes de sair, Moshê advertiu-o sobre novos sofrimentos e punições. Porém o faraó permaneceu inflexível.
Tão logo Moshê deixou o palácio, levantou os braços aos céus. Um vento leste trouxe nuvens de gafanhotos ao Egito, cobrindo o sol, e devorando cada folha verde que porventura tivesse escapado ao granizo e às pragas anteriores. Nunca na história da humanidade houvera uma praga de gafanhotos tão devastadora como esta. Trouxe ruína total ao Egito, o qual já tinha sido totalmente destruído pelas catástrofes precedentes. Novamente o faraó mandou chamar Moshê e Aharon, implorando a eles que orassem a D'us para que cessasse esta praga. Moshê assentiu, e D'us mandou um forte vento oeste que levou os gafanhotos para o mar. Quando tudo amainou, a obstinação do faraó voltou, e recusou-se a liberar o povo de Israel.
Então seguiu-se a nona praga. Por seis dias, todos no Egito foram envoltos num véu impenetrável de escuridão e que até extinguia todas as luzes que se acendessem. Os egípcios foram tomados de pavor, permanecendo presos aos lugares em que se achavam sentados ou de pé.
Novamente o faraó tentou barganhar com Moshê e Aharon, permitindo que partissem com todo o povo, deixando para trás apenas os rebanhos como penhor. Moshê e Aharon o informaram, entretanto, que não aceitariam nada menos que liberdade total, para os homens, mulheres, animais e crianças, e que levariam todos os pertences com eles. Novamente o faraó se enfureceu e ordenou a Moshê e Aharon que fossem embora para nunca mais voltar. Avisou-os de que se tentassem novamente aparecer diante dele, morreriam. Moshê replicou que não seria necessário para eles procurar o faraó, pois D'us mandaria ainda uma praga ao Egito, após a qual o faraó daria permissão incondicional para que os filhos de Israel deixassem o Egito.
Exatamente à meia-noite, continuou Moshê, D'us passaria sobre o Egito e golpearia todos os primogênitos, homens e animais. Quanto aos filhos de Israel, no entanto, nenhum seria tocado. Um grito amargo percorreu o Egito, e todos os egípcios foram tomados pelo terror, pois tinham medo de morrer. Então o próprio faraó procurou os líderes dos hebreus, e implorou que abandonassem o Egito sem mais demora!
Com estas palavras, Moshê e Aharon deixaram o faraó.

No primeiro dia do mês de Nissan, duas semanas antes do Êxodo do Egito,
D'us disse a Moshê e Aharon: "Este mês será para vocês o começo dos meses; será o primeiro mês do ano para vocês. Vão e falem à toda a congregação de Israel: no décimo dia deste mês, cada homem deverá tomar um cordeiro, conforme a casa de seus pais, um cordeiro para cada família; e deverá mantê-lo até o décimo quarto dia do mesmo mês; e toda a assembléia da congregação de Israel deve abatê-lo ao anoitecer. Deverão pegar o sangue e transportá-lo para as casas onde deverão comê-lo. Comerão a carne naquela noite, tostada ao fogo, com pão ázimo; comê-lo-ão com ervas amargas... E não deixarão sobrar nada até a manhã; mas aquilo que sobrar até a manhã deverá ser queimado com fogo. E assim deverão comê-lo: com a cintura cingida, com sapatos nos pés e o cajado na mão; e devem comê-lo com pressa, - é o Pêssach do Senhor. E quando Eu vir o sangue, passarei sobre vocês, e não haverá praga que os destrua, quando Eu golpear a terra do Egito. E este dia será para vocês um memorial, e deverão celebrá-lo como uma festa do Senhor, através de todas as gerações.
".... vocês deverão comer pão ázimo, e jogar fora todo fermento de suas casas. E seus filhos dirão a vocês: O que isto significa? Vocês dirão: É o sacrifício de Pêssach a D'us, que passou sobre as casas dos filhos de Israel no Egito quando Ele golpeou os egípcios e poupou nossas moradas."
Tudo isso foi dito por Moshê aos filhos de Israel, e eles fizeram como D'us lhes ordenara.
Veio a meia-noite de quatorze para quinze de Nissan, e D'us golpeou todos os primogênitos na terra do Egito, do primeiro filho do faraó ao do prisioneiro nas masmorras; e todos os primogênitos dos animais, como Moshê havia avisado. Houve um lamento pungente e ensurdecedor, pois em cada casa um ente amado caíra golpeado de morte. Então o faraó procurou Moshê e Aharon naquela mesma noite, e lhes disse: "Levantem-se, saiam de perto de meu povo, vocês e os filhos de Israel; vão, sirvam ao Senhor como desejam; tomem seus rebanhos, como disseram, e vão, e me abençoem também." Finalmente o orgulho do Faraó fora quebrado.
Enquanto isso, os hebreus estavam se preparando para sua apressada partida. Com os corações batendo, reuniram-se em grupos para comer o cordeiro pascal. Participaram da refeição da meia-noite, preparada conforme as instruções de Moshê. As mulheres tiraram dos fornos os pães ázimos, que foram comidos com a carne grelhadas dos cordeiros. O sol já havia se erguido no horizonte quando, à palavra de comando, toda a nação dos hebreus avançou. Mas nem mesmo em meio ao perigo, esqueceram o penhor dado por seus ancestrais a Yossef, e carregaram seus restos mortais com eles, para enterrá-los mais tarde na Terra Prometida.
Dessa maneira os filhos de Israel foram libertados do jugo de seus opressores no dia 15 de Nissan, no ano 2448 após a criação do mundo. Havia 600.000 homens acima de 20 anos de idade que, com suas mulheres, crianças e rebanhos, cruzaram a fronteira do Egito para serem uma nação livre. Muitos egípcios e outros não-judeus juntaram-se aos triunfantes filhos de Israel, esperando partilhar de seu glorioso futuro. Os filhos de Israel não deixaram o Egito de mãos vazias. Além de seus próprios bens, os aterrorizados egípcios haviam entregado a eles seus valores em prata e ouro, vestimentas, num esforço de apressar sua partida. Dessa maneira D'us cumpriu em cada detalhe Sua promessa a Avraham de que seus descendentes deixariam o exílio com grandes riquezas em recompensa aos 210 anos de trabalhos forçados.
Liderando o povo judeu na sua jornada durante o dia havia uma coluna de nuvem, e à noite, uma coluna de fogo iluminando o caminho. Estes mensageiros Divinos não apenas guiavam os filhos de Israel, como também preparava o caminho à sua frente, tornando-o fácil e seguro.

A rota mais curta dos filhos de Israel para a terra Prometida teria sido através do país dos filisteus, mas isto teria envolvido o povo numa guerra contra os filisteus e talvez os filhos de Israel, que haviam acabado de se livrar de séculos de escravidão, não estivessem suficientemente fortes para lutarem como homens livres; poderiam resolver pela volta ao Egito, para não enfrentarem uma guerra sangrenta. Por isso, D'us levou-os por um caminho através do deserto em direção ao Mar Vermelho.
Em três dias, o faraó recebeu notícias do progresso dos filhos de Israel. Agora arrependia-se por ter permitido que se fossem. Por esse motivo, mobilizou seu exército e liderou pessoalmente a cavalaria e os carros de guerra mais selecionados, em furiosa perseguição a seus antigos escravos. Alcançou-os perto das margens do mar Vermelho, e pressionou-os contra a água, num esforço para impedir-lhes de escapar.
Alguns grupos do povo judeu estavam prontos a combater os egípcios: outros preferiam afogar-se no mar ou fugir para o deserto, que arriscar-se a uma derrota e a volta à escravidão. Outras começaram a reclamar contra Moshê, temendo que ele os tivesse tirado da segurança do Egito para morrer no deserto. "Porque não havia túmulos no Egito," exclamaram, "você nos tirou de lá às pressas para morrermos no deserto? Por que motivo nos tirou de lá? Por acaso não lhe dissemos no Egito: 'Deixe-nos em paz, que serviremos aos egípcios? Pois é melhor para nós servirmos aos egípcios do que morrermos no deserto'".
Porém Moshê, calmo e firme num dos mais difíceis momentos de sua vida, disse: "Não tenham medo, fiquem firmes e vejam a salvação do Senhor, que Ele mostrará hoje a vocês".
Moshê liderou os israelitas até que chegaram bem às margens do mar Vermelho. A coluna de nuvens então trocou de posição: mudando da frente para trás das hostes hebraicas, flutuou entre os dois exércitos.
Então D'us falou a Moshê: "Levante seu cajado, estenda a mão sobre o mar, e o divida; e os filhos de Israel caminharão sobre o fundo do mar como em terra seca." Moshê fez como D'us lhe ordenara. Levantou o bastão, estendendo a mão sobre o mar; levantou-se um forte vento leste que soprou por toda a noite. Com aquela tempestade, as águas do Mar Vermelho se dividiram, formando doze passagens, uma para cada tribo, juntando-se em paredes de água de cada lado, deixando doze trilhas secas no meio. Os israelitas marcharam ao longo destes caminhos secos que se estendiam de uma praia à outra.
Os egípcios continuaram sua perseguição, sem hesitar, pela mesma trilha. Porém as rodas de suas carruagens ficaram bloqueadas no fundo do mar. Não puderam continuar; sentiram que mais uma vez, estavam lutando em vão contra o Senhor. Voltaram-se para fugir, mas era tarde demais; a um comando de D'us, Moshê estendeu o cajado e as águas retomaram seu curso normal, fechando-se sobre os carros, cavalos e guerreiros, sobre todo o exército do faraó. Dessa maneira D'us salvou os filhos de Israel dos egípcios naquele dia. Israel testemunhou Seus grandes poderes; reconheceram D'us e acreditaram n'Ele e no seu servo Moshê. Então Moshê e toda a congregação cantou a Canção de Louvor a D'us pelo seu resgate maravilhoso.


Todo judeu tinha de oferecer o sacrifício pascal no Templo de Jerusalém por ocasião de três festas - Pêssach, Shavuot e Sucot. Pêssach era aquela que reunia o maior número de peregrinos: milhões de judeus vindos de todas as partes. Um mês antes de Pêssach todas as estradas levando a Jerusalém eram reparadas e todos os poços reabastecidos, para que os peregrinos pudessem ter todo o conforto possível. A alegria e o entusiasmo espiritual da população não tinha limites. O clímax acontecia no dia antes de Pêssach, quando a oferenda do cordeiro pascal iniciava-se, ao entardecer. Todos os sacrifícios pascais eram oferecidos durante uma única tarde!
Durante o tempo da oferenda, todos os devotos reunidos, liderados pelos levitas, entoavam salmos de agradecimento. Então os cordeiros pascais eram tostados, pois não era permitido fervê-los. À noite, o grupo familiar que se havia cotizado para trazer uma oferenda pascal, reunia-se em uma casa e celebrava o "sêder" junto, da mesma maneira que fazemos agora, exceto, é claro, que no lugar do "Zêroa" (osso do antebraço) que colocamos na travessa do sêder em lembrança do sacrifício pascal, partilhavam realmente do próprio cordeiro pascal.
Jerusalém era uma cidade jubilosa durante aqueles dias de Pêssach, e muitos não-judeus costumavam se dirigir para lá, vindos de perto e de longe, para testemunhar a maravilhosa celebração de Pêssach.
Nos tempos de hoje, celebrando o sêder no exílio e relembrando aqueles dias gloriosos na nossa pátria, quando o Templo estava em seu total esplendor, exclamamos ao iniciar o sêder:
"Este ano nós estamos aqui, mas que no próximo ano possamos celebrar na Terra de Israel," e concluímos o sêder com as palavras:


"No próximo ano em Jerusalém!"

Moadim leSimcha

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